« Tenho pena de vocês, neuróticos frustrados e políticos demagogos que descarregam vossa amargura em cima do meu cigarro para despistar e encobrir tantos problemas realmente imensos que não lhes interessa resolver. » Elisabete Gailewitch.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O soldado da borracha sem aposentadoria



Em meados do mês de agosto, na eminência de pegar um taxi que me trouxesse da boca do Jamari até Porto Velho, o motorista pediu que esperasse um pouco, pois estava chegando o “Coronel do baixo Madeira”. 
A voadeira atracou e dela desembarcou um senhor idoso de aparência muito boa e muito bem vestido, chapéu e o que antigamente era chamado de terno, ou seja, camisa e calça de linho muito bem engomadas. 
O motorista do taxi alertou: “Ele tem muito dinheiro”. 
Daqui a pouco estávamos viajando no mesmo táxi eu o Jurandir Costa do CineAmazônia e o seu Flávio. Papo-vai-papo-vem fiquei sabendo que seu Flávio estava lutando para conseguir se aposentar como soldado da borracha. 
“Acontece que dei entrada faz muito tempo na documentação e agora vieram me dizer que não existe nenhum documento meu lá no INCRA”. 
Os documentos são cartas de herdeiros dos seringalistas donos dos seringais, confirmando que seu Flávio cortou seringa no tempo da 2ª guerras mundial e portanto, tem direito a aposentadoria como soldado da borracha.
Independente desse problema, o que nos chamou atenção foram nas histórias sobre o cultivo de tabaco nas localidades existentes no baixo rio Madeira. 
“Com 8 anos de idade já fazia serão de tabaco” 
e sobre benzedeiras e macumba. 
“Certa vez encontrei uma camisa com a estampa do satanás na minha loja”. 
Ao ser indagado se era Cutuba ou Pele Curta, ela acusa o coronel Aluizio Ferreira líder dos Cutubas de irresponsável e imoral. 
“O Tenente Fernando pegou ele com uma crioulinha no batuque do Samburucu”. 
Seu Flávio quando o entrevistamos no último sábado, estava internado no hospital das Clínicas em Porto Velho em virtude de uma hemorragia que segundo ele, já estava praticamente controlada. 
“Vamos nos encontrar terça feira dia 12, na festa de Nossa Senhora Aparecida em São Carlos”, convidou.

Quer saber mais sobre o último coronel do baixo rio Madeira, é só ler a entrevista que segue. 

3 comentários:

  1. Seu Medeiros,

    Duas conclusões:
    Dinheiro nunca é demais e
    N'era melhor ter publicado um libretto?

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  2. libreto(sinopse de ópera) foi um t a mais rsrsrs.

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